RÁDIO MERCOSUL

Em Todas as Fronteiras da América, a Rádio da Integração.

PORTUNHOL

O Programa que descomplica sua língua, Español ou o Português.

Você que mora nas regiões de fronteira com o Brasil – Argentina – Bolívia – Colômbia – Ecuador – Perú e Venezuela, e que diariamente usa as duas línguas em tradução bilingue para negócios, educação e a comunicação do dia-dia, mas o turista que aparece e não tem noção de comunicação e fica perdido ao falar com os “Hermanos”.

A Rádio Mercosul, te ajuda nessa integração com um programa voltado a comunicação fronteiriça.

Portunhol é uma fusão linguística, que designa a interlíngua (língua auxiliar), originada a partir da mistura de palavras da língua portuguesa e da espanhola. Ocorre sobretudo em cidades de fronteira entre países de língua portuguesa e espanhola.

 

Algumas Armadilhas da Gramática do Portunhol

  • Borracho: em espanhol é alguém que bebeu demais. E em português também é ébrio. Mas para brasileiros é mais comum, hoje, o uso de “bebado” ou “bebum”. Soube de argentinos que riram quando leram a nossa ‘borracharia’ no Brasil. Imaginaram ser lugar de encontro de ‘borrachos’. Em tempo: para eles, a nossa ‘borracharia’ é ‘taller’ (leia-se tajer) ou ainda ‘taller mecánico’ (leia-se tajer mecânico).

 

  • Borrachera: bebedeira, borracheira. Mas como no caso do “borracho”, que está no dicionário Aurélio, como nos alertou uma leitora da Colômbia, é muito mais comum usarmos bebedeira quando alguém bebe demais no Brasil. No popular, “encheu a cara”.

 

  • Corpiño: (leia-se ‘corpinho’) Não é como falamos no Brasil uma pessoa esbelta. Mas ‘sutiã’. Um amigo brasileiro disse em Buenos Aires para uma garçonete bonitona. “Você tem trinta anos, mas com ‘corpinho’ de vinte”. E ela, argentina, pensou que ele se referia ao tamanho de seu busto e não ao seu corpo perfeito.

 

  • Cubiertas: se você pedir uma “cubierta” porque está sentindo frio, ninguém vai entender nada. Cubierta é pneu de automóvel.

 

  • Cubiertos: não é uma coberta ou cobertor. São talheres. E a nossa coberta? Para eles, é ‘frazada’.

 

  • Embarazada: grávida.

 

  • Exquisito: essa palavra nos confunde porque trata-se de um “falso amigo” – mesma palavra e signficado totalmente diferente nos dois idiomas. Em português, “esquisito” é sinônimo de algo estranho, excêntrico. Em espanhol, o adjetivo é empregado para definir uma pessoa ou um prato, por exemplo. Delicioso e gostoso à mesa. E pessoa com grana ou influente, como indica o título do livro do escritor argentino Adolfo Bioy Casares – “Diccionario del argentino exquisito”.

 

  • Fuego: em português é ‘fogo’. Mas essa é só uma das palavras que ajudam a fortalecer a inevitável existência do portunhol. É ampla a lista para as palavras nas quais temos apenas que trocar ‘o’ por ‘ue’. Outro exemplo, a nossa ‘roda’ para eles é ‘rueda’.

 

  • Gran barata: Não é uma barata (cucaracha) grande. Mas uma baita liquidação (liquidación) em alguma loja.

 

  • Mala: em português é o que usamos para levar roupas e outros objetos em uma viagem. A palavra é também associada a uma pessoa chata, insuportável. Na Argentina, mala é uma pessoa má. ‘Una mala persona’. E o que para nós brasileiros é ‘um mala’, para eles é alguém ‘pesado’ (chato). Para eles, argentinos, quando alguém é chato demais é, então, ‘muy pesado’ – sinônimo do nosso ‘muito mala’.

 

  • Pan dulce: é como os argentinos (e outros do idioma espanhol) chamam o que para nós é o panetone.

 

  • Pelado: para nós, brasileiros, é uma pessoa sem roupa – pelado, pelada. Para nossos vizinhos, é sinônimo de ‘careca’. E para eles quando alguém tira a roupa toda está ‘desnudo’ ou ‘desnuda’. No Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras, ‘pelada’ é também um jogo de futebol entre amigos. ‘Vamos jogar uma pelada’.

 

  • Picada: para os brasileiros, a palavra é logo associada a ‘picada de mosquito’. Para os argentinos, ela pode ser uma ‘picada’ de automóveis – quer dizer, para nós brasileiros, ‘um pega’. Para nossos vizinhos, ‘picada’ é também sinônimo de pedir uma entrada de queijos e outros frios para acompanhar um vinho ou uma cerveja em um bar ou restaurantes. Poderia ser quase o nosso, ‘vamos beliscar’ alguma coisa.

 

  • Presunto: palavra comum para nós brasileiros, na hora de preparar o sanduíche, presunto é “jamón” (leia-se ramón) em espanhol. Causa surpresa quando vemos nos jornais ou na tela da TV quando escrevem aqui na Argentina: “Presunto violador” preso pela polícia. Quer dizer, suposto violador. Para nós brasileiros, uma pessoa também pode “virar presunto” (cadáver). Mas a frase é pouco elegante.

 

  • Saco: casaco. Para um brasileiro costuma ser, no mínimo, estranho ouvir quando eles perguntam se “ese saco es suyo” (leia-se: esse saco é sujo?). Quer dizer, se o casaco é seu. É comum que pensem outra coisa, mais maldosa. Mas é só mais uma das armadilhas do portunhol.

 

  • Sorbete: (leia-se sorvete). Significa canudo. E nosso sorvete é “helado”.

 

  • Suciedad: aos nossos ouvidos brasileiros a palavra pode ser confundida com “sociedade”. Mas em espanhol sociedade é também sociedade. E “suciedad” significa algo muito menos nobre: sujeira.

 

  • Tarado:  em português, a palavra é empregada para definir um homem louco por sexo e, neste sentido, perigoso e sem escrúpulos. Em espanhol, um tarado é simplesmente um bobo, imbecil ou idiota.

 

  • Vaga: no Brasil, é uma vaga na garagem, no estacionamento (playa) ou para matricular o filho na escola. Mas para os argentinos, é uma pessoa preguiçosa.

Mais Algumas Palavras da Gramática Español – Português

 

Espanhol

Tradução em português

 

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